Arquivo diário: 01/12/2011

Prédio pra EDUSP?

Quanto vai custar? Precisa mesmo? É o melhor projeto possível? A Universidade se manifestou sobre isso ou é só a opinião de gabinete que vale?

Da Folha de S. Paulo:

USP quer fazer prédio vizinho ao Copan

Edifício deve abrigar setor jurídico e editora

DE SÃO PAULO

A USP (Universidade de São Paulo) pretende construir até 2013 um prédio de 16 andares na rua da Consolação (região central da cidade), para atividades administrativas.

O local é vizinho aos prédios tombados do Instituto de Educação Caetano de Campos e do edifício Esther, além do Copan e do edifício Itália.

Por conta dessa localização, o projeto teve de ser analisado pelo Condephaat (conselho estadual que analisa o patrimônio histórico), que aprovou-o anteontem.

Agora, ainda falta a autorização da Secretaria da Habitação para o projeto.

SÍMBOLO

De acordo com o projeto analisado pelo conselho estadual, o prédio da universidade terá fachada espelhada.

“O principal desafio consistia em conceber a edificação que completaria a quadra já composta por edifícios símbolos”, afirmou o relatório do órgão de preservação.

A universidade afirmou à Folha que ainda não tem a previsão orçamentária para a construção do prédio, mas diz que ele será bancado com recursos da própria escola.

A assessoria de imprensa da USP informou que funcionarão no novo edifício órgãos jurídicos da universidade.

“A localização central facilita a frequência aos variados fóruns situados” na região, afirmou em nota.

Também irá para o prédio a loja central da editora da universidade, a Edusp. “Como nunca teve sede, [a Edusp] vem ocupando locais improvisados, que não se coadunam com o passo à frente que a colocará entre as maiores e mais dinâmicas editoras universitárias brasileiras.”

Desde que assumiu o mandato, no ano passado, o reitor João Grandino Rodas vem retirando alguns setores administrativos da Cidade Universitária, no Butantã, na zona oeste de São Paulo.

De acordo com Rodas, falta espaço viável para atividades de ensino, pesquisa e extensão no campus central da universidade.

A política de mudanças tem enfrentado resistências em setores da USP. As críticas ao reitor são pelos gastos necessários para implementar essa descentralização.

(FÁBIO TAKAHASHI E VANESSA CORREA)